28 de julho de 2008

E enquanto o gelo do Pólo Norte derrete...

O negócio é não desanimar. Pode parecer que estamos cercados de armadilhas por todos os lados. Quando falamos em ser um pouco mais verdes, surgem dúvidas como essas:

Ação: levar um copo para tomar água no trabalho
Solução: não gasta mais copos de plástico
Problemão: gasta água para lavar o copo

Ação: usar carro movido a álcool
Solução: diminui o consumo de combustível fóssil
Problemão: desmatamento para plantar cana de açúcar, queimadas, impacto social

Ação: separar o lixo
Solução: destina cada material para o seu lugar
Problemão: caixa TetraPak é papel, plástico ou metal? E não tem coleta seletiva em minha cidade!

Ação: deixar o carro em casa e usar transporte público
Solução: economia de combustível, menos poluição
Problemão: ter que sair mais cedo, chegar atrasado, perder tempo

Ação: não usar sacolas plásticas do supermercado
Solução: menos plástico no lixão e no meio ambiente
Problemão: onde coloco o lixo?

Ação: usar sacolas de pano retornáveis
Solução: não usa sacolas plásticas
Problemão: e quando a compra não cabe na sacola? E quando o pacote de biscoito fica no fundo?

Ação: trocar vasilhas plásticas por vidro
Solução: menos plástico em casa, menos toxinas na comida
Problemão: caiu, quebrou!

Ação: mudar hábitos de consumo
Solução: consome-se menos e compra-se produtos com menor impacto ambiental
Problemão: onde comprar? Quais são mais ecológicos?

Ação: trocar lâmpadas comuns por fluorescentes
Solução: grande economia de energia
Problemão: elas são tóxicas, não pode jogar no lixo

Ação: usar papel reciclado para impressão de trabalhos
Solução: não usa papel branco, economiza árvores
Problemão: dizem que dá na mesma, que gasta mais água para ser produzido

Mas calma, não entre em pânico! Visite os links abaixo e fique informado sobre as saídas para esses e outros dilemas:

- O ECOonfuso e suas dúvidas cruéis no GeoBlog.

- Excesso de informações sobre ecologia confunde consumidores no Folha Online.

- Eu preciso mesmo ser “verde”? no Sturm und Drang!, leitura obrigatória.

- http://www.climaeconsumo.org.br/ site do IDEC.
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6 de julho de 2008

A crise energética de 1973: dicas para economizar combustível

35 anos se passaram e hoje os Estados Unidos vivem situações parecidas com aquelas da época da crise do petróleo de 1973. Veja aqui ao lado (clique na imagem para ampliar) um anúncio com dicas para economizar combustível publicado em 1974. O anúncio está na revista National Geographic e foi patrocinado pela Gulf Oil Corporation, uma das grandes empresas de petróleo da época e que foi comprada pela Chevron em 1984.
Depois compare com as "66 dicas para economizar dinheiro com combustíveis" do site TreeHugger.
De acordo com o site, cada vez é mais comum motoristas americanos chamarem serviços de socorro por ficarem sem gasolina na estrada.

A crise energética de 1973: os anúncios de automóveis nos EUA

1970_thunderbirdA crise do petróleo de 1973 foi provocada pelo embargo do fornecimento de petróleo para os Estados Unidos e os países europeus, pelos países árabes integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A medida foi uma represália ao apoio dos EUA e da Europa à ocupação de territórios palestinos por Israel, durante a Guerra do Yom Kippur. Depois do embargo, a Opep restringiu o fornecimento e os preços quadruplicaram. Os efeitos foram sentidos por todo o mundo.

1974_dodgePesquisando algumas revistas americanas antigas, mais especificamente a National Geographic, foi interessante observar como reagiu o consumidor americano diante das mudanças de hábito necessárias em função da escassez e do preço alto da gasolina.

Comparando algumas propagandas de automóveis (clique na imagem para ampliar) podemos perceber que antes da crise (1970) os modelos de carros eram enormes e possantes, como os atuais SUVs.
Durante o período de preços altos e perspectiva de falta de petróleo (1974) outros modelos foram apresentados para aquele mesmo público da revista. Surgiram anúncios de carros compactos, oferecendo mais economia e desempenho.

Passado o susto (1976), voltam à cena os carrões, um deles trazendo até mesmo o slogan "You deserve it (Você merece)".
Se observa que quando a situação exigiu, os consumidores até mudaram de postura com relação ao consumo mas ao primeiro sinal de que estava tudo bem ou de que a situação estava sob controle, voltaram a querer os mesmos carrões. Não houve uma mudança de comportamento.

1976_capriceAssim como naquela época, hoje podemos estar numa fase de conscientização de que precisamos mudar, diante da crise ambiental que o Planeta se encontra. Mas se as pessoas não se convencerem dos efeitos das mudanças climáticas ou acharem que as ameaças ao equilíbrio do meio ambiente "não são assim tão grandes" provavelmente irão esquecer essa história de "ser verde". Porém, se na década de 70 as pessoas tivessem continuado a economizar e tivessem realmente mudado de comportamento, talvez hoje os impactos não fossem tão grandes e poderíamos ainda estar desfrutando de um Planeta mais saudável.

Para saber mais:
- Impactos da crise no Brasil
- A Alemanha pára
- O que mudou em 30 anos de política de petróleo
- A situação hoje
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